sexta-feira, 25 de julho de 2008

Porque sim!

No absurdo e inconclusivo
‘Porque sim!'
O completam-se torna-se inefável.
Arrastam-se roubos e rodopios
de ruminantes beijos
lacrados em semelhantes lábios.
Ávidos,
Insaciáveis,
Sôfregos!
Desesperados!!


Sente os sentidos – cala-te…
Toca o toque – cala-te e beija-me!...
Arranca a inocência – cala-te e beija-me agora!


Agora, o desejo frenético
Agora, a volúpia visceral
Agora, o ósculo ofegante
Anti-frívolo
Anti-volúvel
Alça libidinosa que escorrega no ombro;
O raspar adocicado da barba pelo pescoço;
Remoinho do cabelo frondoso;
Mãos essenciais (é poderoso!);
Dedos tácteis em cócegas imparciais!


- Ah! É esta a diferença entre
marquise e marquesa,
marquesa e marquise.
Marquise é nada!
Marquesa coisa nenhuma!
- Nada e coisa nenhuma –


- Tudo e alguma coisa –
(e MAIS alguma coisa)
Tudo ansiado,
Tudo esperado,
Tudo alcançado.
Olá Amor-Romântico! – doença mental
Viva Amor-Sensitivo! – doença vital


- Acorda!
(Rebola e rasga e o resto dos rrr…)
Deixa de dar nome às coisas,
olha que porra!
- Porque sim!
- É absurdo!