A Loja dos Risos, em actividade desde 1872, oferece uma vasta gama de risos e gargalhadas conhecida pela sua qualidade e veracidade.
-Ora muito bom dia! Em que lhe posso ser útil?
-Bom dia. Olhe, queria um riso novo, é que toda a gente goza com o meu.
-E tem alguma coisa em mente?
-Hum... queria qualquer coisa diferente...
-E que tal um riso nº3?
-Qual? O 'se-se-se'?
-Sim sim, o sibilante.
-Não me parece. Um amigo meu tem um desses.
-Então e o nº20? É o do 'cá-cá-cá'.
-Esse é parecido com o nº18, que eu já tenho, está lá no meio da minha caixinha, misturado com os outros.
-Já sei! Tenho aqui um perfeito para si, chegou esta semana, é o nº28. Completamente inovador!
-Ai sim? E como é que é?
-Isso tem de ser a menina a descobrir...
-E se não gostar? Posso trocar?
-Pode, não se preocupe. Leva aqui o talãozinho e se houver algum problema passe por cá.
-Quanto é?
É claro que não se diz o preço de uma gargalhada.
domingo, 25 de janeiro de 2009
sábado, 3 de janeiro de 2009
A História do Sr. Elefante e da sua bonequinha
E, um dia, um Sr. Elefante apaixonou-se por uma boneca.
Então, esse "era uma vez" começa com uma bonequinha em terras de Dom Bigode, seu progenitor e excessivo protector, que a guardava em qual redoma de vidro, numa torre sineira no alto do seu castelo muito pouco encantado.
Todos as alvoradas, a boneca de narizinho arrebitado e olhos cor-de-burro-quando-foge lá engendrava mirabolantes planos, escondidos em tranquilos e inocentes passeios, em busca de descobrir novas e diferentes ruas, gentes malucas e admiráveis. E quando encontrou um tal Sr. Elefante, de barriguinha ronceirona, cabelo de mémé e sorriso do tamanho do mundo, dois pequeninos mas enormes corações rabiscados a vermelho despontaram nos olhos daquele rostinho de selene desenho animado.
Ele ensinou-lhe que afinal as borboletas não têm um pózinho mágico que as faz voar e ela riu-se (toda a gente sabe que as ex-lagartas, quando saem do seu casulo, ficam com uns perlimpimpins nas asas e é por isso que andam por aí). A querer retribuir, e a tentar dar bons conselhos, a bonequinha explicou-lhe porque é que não deveria engolir as chiclets. Mesmo assim, o Sr. Elefante não acreditou. Paciência.
Sabem o que é que aprenderam os dois? Que quando se dão beijinhos de olhos fechados, aparecem estrelas que escapam de dentro deles. E que os beijinhos à fada são realmente feéricos porque, além de serem pequeninos mas em repetitivas doses, contribuem para um pleno bem-estar tanto a nível físico como psicológico. O que, nas palavrinhas de pessoas como eu, quer dizer: São bons e fazem bem!
Depois de aprenderem, ensinarem e, acima de tudo, descobrirem, o Sr. Elefante disse à sua bonequinha que um dia a libertaria das barbas (ou melhor, do bigode) de Dom Bigode e ficariam juntos para sempre. Esse dia chegou, quer dizer, essa noite. Era uma noite bem fria (coitadinhas das estrelas, nem lhes arranjaram um casaquinho de lã para se agasalharem), mas de voz quentinha e guitarra de papel na mão, lá apareceu à nobilíssima janela da sua donzela amada, um ilustre elefante de infanção, mais do que preparado para lhe cantar as Janeiras (sim, os elefantes também cantam, não sabiam?). Ela ouviu-o atentamente, tão contente como se tivesse herdado uma loja de doces, repleta de bombons, rebuçados, chupa-chupas e gomas de todos os tamanhos e feitios. E, pé ante pé (será, talvez, mais correcto dizer-se 'pézinho ante pézinho', afinal a bonequinha é pequenina, já por isso é bonequinha), desceu as escadas do castelo, em silêncio, para ninguém ouvir, e foi abraçar o Sr. de tromba grande.
Então, o Sr. Elefante pegou na boneca-pintainho, pô-la debaixo do braço e prometeu tomar conta dela com muito cuidado e carinho. E assim foram viajar por esse mundo fora, procurando e encontrando os lugares que desde sempre quiseram visitar; sem ninguém a impedi-los do que quer que fosse.
E agora? Agora continuam a ser felizes. É bom, não é?
Então, esse "era uma vez" começa com uma bonequinha em terras de Dom Bigode, seu progenitor e excessivo protector, que a guardava em qual redoma de vidro, numa torre sineira no alto do seu castelo muito pouco encantado.
Todos as alvoradas, a boneca de narizinho arrebitado e olhos cor-de-burro-quando-foge lá engendrava mirabolantes planos, escondidos em tranquilos e inocentes passeios, em busca de descobrir novas e diferentes ruas, gentes malucas e admiráveis. E quando encontrou um tal Sr. Elefante, de barriguinha ronceirona, cabelo de mémé e sorriso do tamanho do mundo, dois pequeninos mas enormes corações rabiscados a vermelho despontaram nos olhos daquele rostinho de selene desenho animado.
Ele ensinou-lhe que afinal as borboletas não têm um pózinho mágico que as faz voar e ela riu-se (toda a gente sabe que as ex-lagartas, quando saem do seu casulo, ficam com uns perlimpimpins nas asas e é por isso que andam por aí). A querer retribuir, e a tentar dar bons conselhos, a bonequinha explicou-lhe porque é que não deveria engolir as chiclets. Mesmo assim, o Sr. Elefante não acreditou. Paciência.
Sabem o que é que aprenderam os dois? Que quando se dão beijinhos de olhos fechados, aparecem estrelas que escapam de dentro deles. E que os beijinhos à fada são realmente feéricos porque, além de serem pequeninos mas em repetitivas doses, contribuem para um pleno bem-estar tanto a nível físico como psicológico. O que, nas palavrinhas de pessoas como eu, quer dizer: São bons e fazem bem!
Depois de aprenderem, ensinarem e, acima de tudo, descobrirem, o Sr. Elefante disse à sua bonequinha que um dia a libertaria das barbas (ou melhor, do bigode) de Dom Bigode e ficariam juntos para sempre. Esse dia chegou, quer dizer, essa noite. Era uma noite bem fria (coitadinhas das estrelas, nem lhes arranjaram um casaquinho de lã para se agasalharem), mas de voz quentinha e guitarra de papel na mão, lá apareceu à nobilíssima janela da sua donzela amada, um ilustre elefante de infanção, mais do que preparado para lhe cantar as Janeiras (sim, os elefantes também cantam, não sabiam?). Ela ouviu-o atentamente, tão contente como se tivesse herdado uma loja de doces, repleta de bombons, rebuçados, chupa-chupas e gomas de todos os tamanhos e feitios. E, pé ante pé (será, talvez, mais correcto dizer-se 'pézinho ante pézinho', afinal a bonequinha é pequenina, já por isso é bonequinha), desceu as escadas do castelo, em silêncio, para ninguém ouvir, e foi abraçar o Sr. de tromba grande.
Então, o Sr. Elefante pegou na boneca-pintainho, pô-la debaixo do braço e prometeu tomar conta dela com muito cuidado e carinho. E assim foram viajar por esse mundo fora, procurando e encontrando os lugares que desde sempre quiseram visitar; sem ninguém a impedi-los do que quer que fosse.
E agora? Agora continuam a ser felizes. É bom, não é?
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