"Já é noite
E o frio está em tudo o que se vê
Lá fora ninguém sabe que por dentro há vazio
porque em todos há um espaço que por medo não se deu
onde a ilusão se esquece do que o medo não previu.
Já é noite
e o chão é mais terra para nascer
A água vai escorrendo entre as mãos a percorrer
todo o espaço entre a sombra entre o espaço que restou
para refazer a vida que o medo não matou.
Mas onde tudo morre tudo pode renascer
em ti vejo o tempo que passou
vejo o sangue que correu
vejo a força que me deu quando tudo parou em ti
Na tempestade que não há em ti
arrastei-me para o teu lugar
e é em ti que vou ficar.
vejo o sangue que correu
vejo a força que me deu quando tudo parou em ti
Na tempestade que não há em ti
arrastei-me para o teu lugar
e é em ti que vou ficar.
Já é dia e a sombra está em tudo o que se vê
Lá fora ninguém sabe o que a luz pode fazer
porque a noite foi tão fria que não soube acordar
porque a noite foi tão dura e difícil de sara.
mas onde tudo morre tudo pode renascer
Mas eu descobri a casa onde posso adormecer
Eu já desvendei o mundo e o tempo de perder
Aqui tudo é mais forte e há mais cor no céu maior
Aqui tudo é tão novo porque pode ser amor...
E onde tudo morre tudo volta a nascer
já é dia e a luz está em tudo o que se vê
Cá dentro não se ouve o que lá fora faz chover
...na cidade que há em ti encontrei o meu lugar
e é em ti que vou ficar. "
Tiago Bettencourt
3 comentários:
Um dos poemas mais bonitos que já postaste.... :)
P.S. Já tenho blog! ;)
Bati à porta da casa onde descobri que até podia adormecer e não é que até ma abriram. Dentro dessa casa havia uma grande festa, e, sentados num sofá, estavam um mickey e uma minnie aconchegados um no outro, trocando carícias escarlate. Ao sentir, como sempre, estridentemente tudo isto, não adormeci a pensar que, quando tudo parou em ti, deixou de haver tempo e espaço e lugar...
Passou a haver uma invenção maior.
(as melhoras, totozinha) ;>
beijinho na tua testa: *
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